GERAL

Mestra artesã da renda de bilro morre aos 79 anos em São Sebastião


Considerada patrimônio vivo da cultura alagoana e artesã mestra na arte da renda de bilro, Clarice Severiano dos Santos, natural do município de São Sebastião, região sul do Estado, faleceu aos 79 anos no último sábado (10), em virtude de complicações decorrentes de uma cirurgia de vesícula a que foi submetida na última quinta-feira (8).
A artesã foi uma das primeiras cadastradas no Programa do Artesanato Brasileiro em Alagoas (PAB/AL), coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande). Em 1977, ela já representava uma das mais raras e difíceis tipologias do artesanato alagoano, a renda de bilro.
Dona Clarice ou mestra Clarice – chamada assim por ter sido a mais antiga das artesãs locais, além de ter ensinado diariamente a técnica que dominava para crianças e jovens – era conhecida pelas mãos ágeis com as quais confeccionava de forma precisa e delicada uma rica variedade de peças. Segundo a coordenadora do PAB/AL, Sônia Normande, apesar da idade e do intenso trabalho diário, dona Clarice considerava a arte intrínseca à sua vida.
“Mesmo usando óculos para enxergar os pequenos pontos que apresentavam as rendas e com dores na coluna, ela era muito atuante, participava de vários eventos desenvolvidos pelo Programa, com demonstrações de seu trabalho em feiras como a Artnor e a Feira do Empreendedor”, lembrou.
Além de prezar pela tradição da arte da renda de bilro, com aulas dadas às crianças na garagem de sua própria casa, dona Clarice representava as mulheres artesãs de Alagoas com sua postura dedicada e acima de tudo com sua devoção pelo trabalho manual.
“Ela tinha uma presença forte ao mesmo tempo que representava a própria delicadeza através de sua figura e de sua arte”, ressaltou Sônia Normande.

 

Jovem de 15 anos morre depois de sofrer descarga elétrica de uma bomba de sucção de água


Uma tragédia aconteceu na manhã desta quinta-feira 26, na localidade conhecida como Sítio Mata D'água ,na zona rural de Girau do Ponciano ,quando um menino de 15 anos de idade acabou morrendo depois de sofrer uma descarga elétrica de uma bomba de sucção ,que estava em um reservatório de água .
Segundo informações de familiares,o garoto tinha acordado as cinco da manhã ,se chamava Emerson Clementino da Silva ,tinha 15 anos ,e estava ajudando o pai e o tio a carregar água em uma carroça e cuidava das plantas , tratava os animais  e  abastecia  pequenos reservatórios de água para o trabalho no campo . O garoto ,as vezes chegava a manusear a bomba de sucção de água.
Segundo o tio do garoto ,ele estava  afastado do local   e o garoto estava na companhia do pai. o jovem estava molhado, e  em um determinado momento , acabou tocando na bomba  e sofreu uma descarga elétrica . O pai e o tio do jovem, correram e tentaram reanimar o garoto , que ainda foi levado para a Unidade de Emergência do Agreste  mas não resistiu e faleceu.
Benildo Ferreira Lima, tio do garoto , contou que o jovem estava a quatro dias trabalhando ajudando aos familiares. O local do ocorrido ,fica por trás da casa do tio da vítima. O jovem morava em uma comunidade conhecida como Canafístula ,também na zona rural.
O tio do jovem ,foi até a Central de Polícia Civil em Arapiraca,já que era necessário registrar um Boletim de Ocorrência. Ele falou a nossa reportagem."O garoto estava a quatro dias trabalhando com a gente , ele estava molhado devido o fato de carregar água , e acabou tocando na bomba e sofrendo a descarga, ele já havia manuseado o equipamento antes e agora acontece esta tragédia. Estamos muito abalados."disse
O jovem ,Emerson Clementino da Silva ,15 anos, teve a morte confirmada por volta das 11:00 horas da manhã.  O IML foi acionado para os procedimentos.

 

Motorista que não respeitar ciclista pagará até R$ 574,62


Motoristas paulistanos terão de respeitar ciclistas se não quiserem levar multa de até R$ 574,62 e ganhar sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A partir do dia 14 de maio, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai fiscalizar e autuar veículos que não dão prioridade às bicicletas no trânsito da cidade.
Até quarta-feira, serão instaladas 243 faixas, em viadutos e grandes avenidas, com mensagens de respeito aos ciclistas. De acordo com a assessora de Fiscalização da CET, Dulce Lutfalla, três artigos (169, 197 e 220) do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) agora serão fiscalizados pelos 2,4 mil agentes.
O primeiro artigo se refere à penalidade para quem dirige "sem os cuidados indispensáveis à segurança". "Nesse caso, o foco será a segurança do ciclista", afirma Dulce. A infração, considerada leve, dá multa de R$ 53,20 e três pontos na CNH.
O segundo artigo trata da infração de "deixar de deslocar, com antecedência, o veículo para a faixa mais à esquerda ou mais à direita", quando for dobrar a esquina. A infração é média, custa R$ 85,13 e rende quatro pontos. "Antes de fazer a conversão, o motorista terá de esperar o ciclista", diz a assessora.
O último artigo fala da rapidez do deslocamento do veículo. "O motorista precisa estar em velocidade compatível com a do ciclista ao ultrapassá-lo. Não pode ir muito mais rápido", diz Dulce. A autuação, grave, rende multa de R$ 127,69 e cinco pontos.
Outros dois artigos do CTB, que já vinham sendo fiscalizados pela CET, ganharão atenção especial. São o 181 (estacionar em ciclofaixa ou ciclovia, uma infração grave) e o 193 (transitar nesses locais, uma infração gravíssima, com valor de R$ 574,62 e sete pontos).
Controvérsia. Os artigos nos quais a CET se baseia para multar quem desrespeita os ciclistas podem criar uma onda de recursos. "Qualquer infração pode ser contestada. Então, vamos aguardar", afirma Dulce. Para ela, as contestações, porém, não devem crescer.
O presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Maurício Januzzi, no entanto, diz que a estratégia da CET não é a mais apropriada. "Nem todos os artigos são específicos para os ciclistas, mas para qualquer outro veículo automotor." Por isso, as autuações serão contestadas.
O advogado entende que novos artigos deveriam ser incorporados ao CTB, para tratar especificamente das punições a quem desrespeitar os ciclistas. "Como é uma questão nova, não foi contemplada pelo CTB e muito menos pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Não dá para adaptar. É preciso fazer uma nova disciplina sobre essas infrações administrativas e colocar no Código." Januzzi explica que projetos de lei podem acrescentar artigos ao CTB.
Comemoração. Quem pedala frequentemente pelas vias paulistanas, porém, já festeja a iniciativa da CET. "Se a fiscalização começar a ter o efeito esperado, que é forçar o cumprimento da lei, a rua deverá ficar mais segura", diz o cicloativista Willian Cruz, autor do blog Vá de Bike.
Para a cicloativista Aline Cavalcante, do grupo Pedalinas, o fato de a companhia "oficializar" a presença dos ciclistas nas ruas é um passo importante para conscientizar os motoristas.
"Só de a CET colocar na cartela do marronzinho a possibilidade de multar alguém que ameaçou um ciclista mostra que ele também tem direito e prioridade de andar nas ruas da cidade", diz Aline.

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